Segundo ele, mesmo se isso fosse necessário, ainda assim não é possível ter certeza sobre o gênero do consumidor. Medição Mencionada a possível disputa judicial, Dobner argumenta que seus concorrentes não teriam como medir de forma precisa a quantidade de pessoas que acessam seu site segundo o gênero do usuário. Segundo o levantamento, o número de empreendedores que atuam no setor triplicou em 2020, em relação ao ano anterior. As maiores motivações pênis de borracha apontadas para a migração foram a redução de postos de trabalho e a impossibilidade de exercer algumas atividades informais durante o período de isolamento social. Eventos eram da mesma produtora, a 30e, que sacudiu mercado com postura agressiva. Dados recentes publicados pela Allied Market Research apontam que o segmento já movimenta mais de US$ 70 bilhões por ano ao redor do globo – e a expectativa é que alcance os US$ 108 bilhões até 2027.
Qual estado consome mais pornografia no Brasil?
Outros termos procurados são sexo oral, massagens e vídeos de celebridades. Nos dois países, 35% do consumo de pornografia é realizado por mulheres e 65% pelos homens segundo o “Pornhub” e o “Redtube”. Para 28,9% dos empreendedores, a solução foi buscar parcerias com outras empresas. “Vimos um fenômeno interessante, dos empresários se ajudando, e cada vez mais unidos para se manterem vivos na economia”, observa a especialista. A falta de itens, junto com a segunda onda da pandemia, tem feito com que 31,6% não consigam readequar o planejamento anual da empresa. Outros 34,3% ainda estão tentando adaptar o negócio ao novo cenário e um dos maiores desafios é o atendimento.
Liderança feminina
O mercado erótico deve fechar este ano com faturamento acima de 2 bilhões de reais, no Brasil. A projeção é de crescimento de 4% nas vendas, em relação ao ano passado, apesar de todas as restrições ao comércio durante o isolamento social. Alguns produtos chegaram a ter aumento de 50% nas vendas nos primeiros meses de quarentena.
VEJA Mercado – sexta, 24 de maio
O aumento do consumo de produtos eróticos durante a pandemia já havia sido detectado em outra pesquisa publicada pelo próprio Mercado Erótico. Justamente por essa imagem atrelada a pornografia, há dificuldades em transitar nas redes sociais. “A gente não pode se dar ao luxo de falar sobre o desafio que é empreender no Brasil. Vamos além disso, temos essa camada extra da sexualidade que, muitas vezes, atrapalha o negócio e temos que burlar isso”, disse Marília. Outro ponto levantado pelos especialistas para explicar a ascensão do segmento é o maior número de mulheres na liderança. Segundo dados da Cortex Intelligence, mais da metade (51,1%) das empresas de bem-estar sexual abertas no setor até o ano passado possuem mulheres como sócias. O crescimento do mercado de bem-estar sexual também está associado à chegada desses produtos em grandes marcas de varejo.
“O Brasil está entrando numa terceira fase dos negócios eróticos”, explica Paula Aguiar, autora do Guia. “A primeira, foi a descoberta desses produtos por quem viajava para o exterior. Nos próximos dez anos, Paula aposta na expansão qualitativa, principalmente com relação ao design. “As sextechs estão em plena ascensão”, observa Marina Ratton, fundadora da Feel, especializada em produtos femininos, como gel lubrificante (aprovado pela Anvisa). A empreendedora associa essa tendência de mercado ao aumento da parcela de mulheres solteiras, no Brasil e no mundo. A Feel é uma das 13 sextechs com propostas de produtos e serviços inovadores e que foram selecionadas em um programa de aceleração do Grupo Boticário.
O distanciamento social aproximou mais os empreendedores e os consumidores do mercado erótico, que contempla os sex shops. A conclusão faz parte de uma pesquisa realizada e divulgada pelo Portal Mercado Erótico, que acompanha os dados do setor, e revelada com exclusividade a Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Uma abordagem mais sutilChris deixou uma carreira de mais de três décadas no setor corporativo e mergulhou no mercado erótico em 2017. “Naquela época 70% das compradoras de artigos eróticos eram mulheres e 90% não gostavam de frequentar sex shop. Era um público que não falava com o seu canal de venda e vi uma oportunidade nisso”, explicou. Para a a sexóloga e colunista do portal Jovem Pan, Paula Napolitano, a maior presença das mulheres no segmento está ligada ao fato de, no contexto geral, elas serem mais abertas às descobertas do corpo e da sexualidade.
“As mulheres estão buscando mais prazer feminino e reivindicando que o homem não é o único que tem de desfrutar do sexo e que elas também querem sua parte do sexo recreativo, que esteve proibido para elas por tanto tempo”. A conclusão é que o número de mulheres que entram nos sites triplo X aumentou e o que elas mais buscam nesses ambientes são situações que reflitam o prazer feminino. O Pornhub e o Redtube são dois sites de internet que oferecem conteúdo pornô grátis – apesar de terem conteúdo “premium” por meio de assinaturas. Mas ainda que vários setores desta indústria concordem que o consumo do produto entre as mulheres aumentou, alguns produtores de pornografia com perspectiva feminina, como Erika Lust Film, dizem que a sondagem do Pornhub e do Redtube não é científica e questionam os resultados. A média mundial é de 10 minutos e 10 segundos para as mulheres, e 9 minutos e 22 segundos para os homens. Dissolvendo eventuais estereótipos, a clientela da loja é formada majoritariamente por mulheres casadas, de classe social alta, na faixa dos 40 anos.
Voltado principalmente para mulheres, os produtos e serviços que surgem no setor são focados no prazer, na saúde e no cuidado íntimo – e muitos até mesmo passaram a ser recomendados por médicos ginecologistas. A Sophie Sensual Feelings comercializa os chamados cosméticos sensoriais e se descreve como uma empresa de fonte geradora de autoconhecimento e cuidado com a qualidade de vida. “Antes de falar de sexo, a ideia é se apropriar do seu corpo e da sua intimidade. O prazer feminino é como uma voz e aproxima a mulher com a própria intimidade”, disse. A empresária afirmou que “a oportunidade de negócio virou uma causa” e ressaltou se orgulhar de ter sido precursora nessa abordagem, que já incentivou muitas marcas desde então. Ao contrário do que aconteceu com outros segmentos, a pandemia colaborou para elevar as vendas. Para se ter uma ideia, a comercialização de vibradores subiu 50% entre março e agosto do ano passado.
“É preciso entender o tipo de relacionamento que a cliente tem para indicar o melhor produto”, ensina Jamile. “Sugerimos colocar um bilhetinho na carteira, comprar uma garrafa de vinho, vestir uma roupa mais ousada”, conta. As três empreendedoras apostam na educação sobre o assunto como pilares de seus negócios. “Queremos falar que a sexualidade é algo natural, mas temos que burlar a forma como nos comunicamos nas redes sociais, usar caracteres especiais para driblar o algoritmo que tende a pensar que se trata de pornografia e violência”, afirmou Izabela. Foi de um “orgasm gap” que nasceu a ideia para criar a sextech Lilit, uma startup do sexo, no meio da pandemia. “Em nossas pesquisas, percebemos que a maioria dos produtos do setor foram desenvolvidos por homens.
“Quando começamos, em 2004, o mercado estava com as portas fechadas para novos empresários”, conta Edvaldo Bertipaglia, presidente da Hot Flowers. “Como não conseguíamos vender nos sex shops, procuramos as lojas de lingerie”. Hoje muitas lojas de roupas íntimas têm uma área reservada aos produtos eróticos. Hoje, o público feminino constitui mais de 70% dos consumidores de produtos eróticos no Brasil. As revistas femininas, com reportagens que discutem abertamente sexualidade e comportamento, são apontadas como fundamentais para ajudar a quebrar tabus.
Fundada em 2019 por Marília Ponte, a empresa faturou quase R$ 450 mil logo no primeiro ano – o suficiente para que a empreendedora largasse o emprego anterior e investisse todas as suas fichas no mundo dos negócios. “Não é só sobre o sexo, mas sobre o nosso bem-estar e direito de sentir prazer. Comida junk x gourmet A empresa Erika Lust Films também não tem uma base técnica para saber o que as mulheres gostam. Eles se focam em trabalhos feitos por mulheres, que têm um mercado crescente.
“A presença feminina no setor é cada vez mais forte, com empreendedoras abrindo novos negócios e fugindo da imagem estereotipada sobre satisfação e bem-estar. Isso faz muita diferença, porque elas sabem quais são as dores e necessidades umas das outras”, explica. Dobner afirmou que a intenção de sua empresa é criar um nicho de entretenimento adulto com um produto mais assessível para mulheres e casais. Em 2021, cerca de 81,6% dos entrevistados acreditam que vão crescer mais, sendo que 40% apontam para uma média de 20% a 30% de expansão. “Os empresários do mercado erótico absorveram muito bem as mudanças, uma vez que 97,1% se dizem preparados para o possível prolongamento do lockdown”, afirma a especialista.